O prejuízo da mistura

“Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho; porque o remendo tira parte do vestido, e fica maior a rotura”

      Essas foram palavras de Jesus e eu gostaria de me ater exatamente a esse pensamento para ilustrar o que, muitas vezes, tentamos fazer com a nossa vida.

Há roupas, de tão gastas, que só servem para serem jogadas fora, mas, às vezes, insistimos em continuar fazendo remendos. Talvez porque elas sejam nossa predileta ou foram presentes de alguém querido ou mesmo lembram um momento especial.

Não desmerecendo essas justificativas, mas nenhuma delas é capaz de tornar o tecido novo e preparado para ser costurado com um pano novo. Logo, a intenção não vai superar o esforço em vão. Tudo vai se desgastar e o último estágio do vestido ficará pior, talvez inviabilizando o seu uso.

Aplicando o princípio às nossas vidas

Trazendo para as nossas vidas, muitas vezes, nos apegamos a pessoas e a coisas de um passado que já está desgastado. Aquilo que o tempo já se encarregou de deixá-lo sem estrutura para suportar qualquer ajuste e qualquer adaptação com o presente.

Mas insistimos porque, de alguma maneira, fomos envolvidos por sentimentos que nos fazem acreditar que ainda vale a pena.

Porém, o perigo de comprometermos o nosso presente, quando olhamos demais para trás, é iminente e real, tão quanto a situação do tecido exemplificada por Jesus. 

Fugimos de um presente intacto, pronto a ser vivido em sua plenitude, nos escondendo em histórias que nunca mais se repetirão, por melhores que elas tenham sido.

As pessoas mudam, as circunstâncias mudam, nós também mudamos. Por que insistir em carregar pedaços do passado e costurá-los com o presente? Se o que pode acontecer é o “rombo” se avolumar, nos deixando sem o passado e colocando o presente em jogo?

Há coisas novas a serem entregues em nossas mãos, mas perdemos tanto tempo segurando as coisas antigas, nos apegando a elas e renovando, insistentemente, sua data de validade. E acabamos não enxergando algo completo que está a nossa frente, com cheiro de novidade do céu, com um pacote de novas experiências, novos sentimentos, novas expectativas e melhores e inéditos resultados.

Não tenha medo do novo

O medo do “novo” nos faz, muitas vezes, desviar-nos daquilo que mais sonhamos. Convido você a fazer as pazes com o seu presente, a abrir a porta para um futuro pleno e inteiramente novo. A despedir-se, de uma vez por todas, do seu passado, pois se ele fosse tudo isso que você pensa que é, nunca passaria.

Convido você a agradecer pelas novas oportunidades, novas pessoas, novas coisas que, de forma completa, estão diante de seus olhos.

A mistura do que era, do que seria, do que é e do que será, pode lhe causar prejuízos irreparáveis e pode lhe roubar a chance de receber de Deus vestes inteiramente novas.

Vasculhe suas gavetas, desfaça-se do que não volta mais. Jogue fora o que lhe leva a olhar para trás. Lave-se do cheiro de naftalina. Mude seu perfume. Doe os objetos que lhe aprisionam no passado. Celebre o presente e abra a porta para um futuro sem misturas e sem prejuízos!

Fale com Deus agora e tome uma atitude, de hoje em diante, a partir do que você acabou de ler!

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